"...Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir..."

O primeiro passo para a cura é admitir-se estar doente.
Demorei muito tempo para admitir para mim mesmo que eu sofria deste mal, no começo era como qualquer doença fraca como a gripe, você respira fundo e quase ninguém nota sua doença, ela não te incomoda, chegando ao ponto de que parece que você sempre conviveu com ela, daí você se acomoda...
E os sintomas vão crescendo, se tornando evidentes...
Falta de apetite
Alucinações
Falta de sono
Horas de euforias e outras de desanimo
Fantasias se confundem com a realidade...
Os efeitos do êxtase nem chegam perto aos efeitos dessa doença e quem usa drogas acabam virando seus pais...
Porém, quando esses sintomas atacam, eu estava dentro do meu quarto, achava que assim ninguém me encheria...
Mas, o pior cego é aquele que não quer ver...
Meus amigos notaram...
Os olhos mais brilhantes a noite, não sabiam o que era, mas, sabiam que aquele não era eu...
Atos sem pensar eram cada vez mais freqüentes...
Vários tentaram me aconselhar, mas, era pior, quanto mais eles me pressionavam, mas, eu me afastava deles...
Aquele mal, finalmente tomou conta de mim, era apavorante estar do meu lado e ao mesmo tempo tão sedutor...
Era uma doença contagiosa...
Bastava menos de dez minutos de contato que passava...
Eu não sabia o que fazer, minha vida social estava em baixa, sem grana para procurar uma cura imediata eu me enterrava em livros, internet, algo que me trouxesse de volta...
Procurei me isolar, mas, era pior...
Foi uma transformação imensa em meu ser... Não sei como sobrevivi...
Hoje com quase 23 anos, ainda não sei lidar totalmente com essa doença, porém hoje admito que estou doente, e quando você admite isso, você dá um brecada na sua paranóia e começa a observar os lados...
Hoje percebo que contagiei muita gente e peço de coração perdão não era minha intenção...
Hoje sei que essa doença é tão antiga quanto a humanidade, porém poucos foram capazes de admitir que estavam doentes...
Hoje durmo bem, levo uma vida social normal, vivo bem...
Aprendi a lidar com isso de maneira que essa doença não me atrapalhe...
O nome dessa doença eu li uma vez nu livro muito antigo... Os alquimistas persas a chamavam de AMOR...



P.S.: Zueira... o amor só se torna uma doença quando já não é amor... quando se transforma em dependência... quem dera eu contagiar todos vocês... mas, ninguém está imune ao amor... se você está apaixonado ou ama declare isso, contagie o mundo com seu “vírus”... ou se você já não dorme pensando em alguém que não te merece admita você ama esse alguém, mas, se não te merece você tem duas opções: Ou lutar por essa pessoa correndo o risco de ser amada ou quebrar a cara... ou dizer eu amo você sim mas, não preciso de você... vou achar alguém melhor que cuide bem de mim!
Afinal amando ou não e sendo amado ou não nosso objetivo é ser feliz!


Quando um amor se perde de você com o tempo ele deixa a janela da sua alma aberta para que outro preencha o vazio desse amor... Mas, só você pode dizer se ele é bem vindo ou não...