Será que a classe média realmente ascendeu?
Será que nossas vidas melhoraram nos últimos anos? Sou muito jovem para ter parâmetros para responder com autoridade estas questões, no entanto, o que eu vejo é uma grande ilusão pairando sobre todos nós. Somos estimulados a comprar coisas supérfluas e que não nos garantirão o nosso futuro.
Sim, sou tentado pelas propagandas a comprar carros novos, camisetas de marca, frequentar festas caras e a usar suplementos a torta à direita, e confesso que se eu não tivesse uma educação financeira teria tudo isto facilmente com o que eu ganho, porém, a que preço?
R: O preço de viver atolado em dividas, o preço de chegar em casa e não ter uma mesa farta do jeito que eu gosto, o preço de não dormir com medo de perder o emprego e ser obrigado a dar aos bancos tudo o que comprei para manter uma aparência daquilo que não sou.
Não condeno que pensa diferente de mim, até porque eles me aceitam mesmo eu não ostentando nada, graças a Deus oferecer uma boa companhia e educação ainda chama a atenção da maioria das pessoas, porém, vale a pena perder algum tempo para pensar que vamos envelhecer, que o país está à beira de um caos financeiro, que as empresas estão cada vez mais informatizadas e com isto precisarão cada vez menos de funcionários aumentando seu lucro e diminuindo despesas. Precisamos pensar no futuro, saber investir, mas, sem nunca deixar de viver o presente.
Como dizia Buda: Somos livres para fazer nossas escolhas, porém, somos escravos das suas consequências.
O grande perigo que eu vejo diante desta ilusão é que estamos nos esquecendo que a classe média não é uma classe rica. Chocante? Mas, é verdade!
Será que não compensa investir em sermos ao invés de termos? Para termos e sermos algo sólido no futuro...
_lucas da silva e silva
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