Pequena Bailarina: Pensei que nenhum soldado desviava o olhar.
Soldadinho: É, também pensei.
Pequena bailarina: ...
Soldadinho: Não vai dizer mais nada?
Pequena bailarina: Dizer o que? Se você não me olha.
Soldadinho: Não consigo, seus olhos fazem os meus se perder em desejos que meu próprio desejo desconhece fazendo meu coração palpitar até chegar à garganta.
Pequena bailarina: Isso é mal?
Soldadinho: Só é estranho e algo estranho não é bem ou mal, apenas é estranho...
Pequena bailarina: Hum...
Soldadinho: ...
Pequena bailarina: Então já que não consegue me olhar feche os olhos te darei um presente antes que parta...
Soldadinho: Um presente?
Pequena bailarina: Apenas feche os olhos...
Soldadinho: Assim?
(alguns instantes de silêncio)...
Pequena bailarina: Gostou do meu beijo?
Soldadinho: Hum, nunca havia recebido um beijo na testa de alguém além da minha mãe. Mas gostei é diferente do dela... Posso guardá-lo?
Pequena bailarina: Ele é seu desde quando você teve medo de me olhar, bastava saber pedir... Faça dele o que quiser.
Soldadinho(envergonhado): Mostrarei ele para os outros soldadinhos, mostrarei que existe coisas mais importantes que a guerra. Adeus.
Pequena bailarina: Cuide dele...
Soldadinho: Estou cuidando dele desde quando tive medo de olhar para você.
Pequena bailarina: Adeus...
Soldadinho: ...
O Soldadinho não sabia que beijos na testa não se guardam e nem se mostram para ninguém e sem saber ele levou algo mais importante que um beijo, ele levou o amor daquela Pequena Bailarina.
Talvez ele não conseguiu parar a guerra mas, ganhou um porque para pará-la.
E isso fez toda a diferença!
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