Não vou mentir, pois, é claro que meus olhos grudaram na mocinha ‘gostosinha’ que passou e sentou-se à mesa do lado, estávamos em uma cantina e eu sentado sozinho, enquanto ela e amiga dela esperavam seu lanche, quando a garçonete veio só trouxe um: o da amiga dela. A amiga comeu correndo e elas não riram de nada, não comentaram nada, não me olharam, e enquanto eu pensava que talvez elas estivessem mais sós do que eu sozinho passou uma mocinha ‘gordinha’ tão sozinha e faminta quanto eu, sentou a duas mesas da minha e meus olhos grudados na ‘gostosinha’ de repente grudaram em alguém que pedia lanche sorrindo, alguém que entrou na cantina sozinha como eu, e de repente a ‘gostosinha’ sumiu mesmo estando ainda ali, já tive várias ‘gostosinhas’, mas, nenhuma que comesse sorrindo, sempre eu tive que dar motivos para elas sorrirem, mas, nunca fui o motivo de alguma sorrir... aquela gordinha era linda, era mulher, era estabanada como eu, era sorridente, era tudo e talvez poderia ser também uma ‘gostosinha’, uma branquinha, uma negrinha, uma magrinha, uma altinha, uma baixinha, pois, não é mais pelo corpo que ando me apaixonando, me interrogando, mas, do jeito, um jeito mais parecido com o meu: que sorri, que chora, que olha pros lados, que conversa, que coleciona poemas, que sonha acordado, que esquece das coisas e lembra de várias... que ama.
Lucas da Silva e Silva.
às vezes é o jeitinho que deixa tudo mais gostosinho...
Postado por
Vilma
3 comentários:
O problema é que de alguma forma estranha,que eu mesma as vezes me achando boba demais não consigo entender,é que ser instantânea custa caro.As pessoas andam se apaixonando por vitrines,gostando de livros pela sua bonita e atrativa capa.As coisas melhores da vida se encontram na simplicidade.na essencia.
bjks
eu acho muito bonitinhos esses dedinhos que vc coloca como foto!
=)
Adorei esse texto!!!!
É isso mesmo, o que procuramos são pessoas autênticas e que por alguns motivos nos deixem encantados com a sensação gostosa da afinidade.
Beijo, Rose.
Postar um comentário