"...Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir..."

O amor que não vivo é este que tenho só para mim e que nunca será seu a não ser que...? O amor que eu não vivo é tão diferente da prática, é generoso, é constante, intenso, se recria sem nunca perder-se no que é. Na prática vivo um amor faminto, sujo, carente, e que por ser inseguro me coloca em sua insegurança, este amor é hipócrita, pedinte e vítima. O amor que eu não vivo sempre vence no final, nunca desiste, nunca pede, oferece sempre a outra face e o próprio coração. Mas, o amor na prática foge, se cala, se ausenta, é mimado. O amor na prática é sempre morno, não serve nem para fazer chá. O amor que eu não vivo é quente, suado, pega de jeito, domina, nasceu livre e sabe usufruir da liberdade. O amor na prática quer prisões, teme ataques, fugas, não se garante, não sabe o poder do seu próprio taco. O amor que não vivo existe, pode ser prático, pode sair de mim eu sei, mas, quais serão suas conseqüências? Um amontoado louco de coisas possíveis e impossíveis que devem apenas ser experimentadas, amadas e talvez odiadas. Não sei, estou perdido entre esses dois amores.

Lucas da Silva e Silva.

Acho que tudo é mais intenso quando você aceita que é possível ter amor e ódio, coragem e medo diante de uma única coisa. Nada é imperfeito, nada é perfeito, tudo apenas é... é várias coisas no mesmo instante. O importante não é o ódio nem o amor, a coragem ou o medo, mas, a vida, a intensidade que uma coisa provoca em algum instante na sua existência.

Lucas.