E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.
Tati Bernardi.
O amor é inútil e ponto final; quando ela se foi ele ficou, o amor, e o que eu faço com ele além de sofrer por ela? Qual é a magnitude do amor se ele não a traz de volta? Se nem dizer que a AMO a fez ficar... se o amor fosse embora pela mesma porta em que ela foi talvez teria algum sentido, alguma força, mas, é um covarde que fica e me faz covarde... não sou covarde, apenas estou amando, mas, não posso amar por dois, apenas por mim, será que amar é sempre solitário? O que justifica o amor senão o próprio amor? Talvez não a amo mais, talvez nunca a amei, amo apenas a idéia de amar, amo a idéia de ser tão grande quanto ele... estou sofrendo por ser egoísta, não a amo, não o amo, amo a mim mesmo... mas, apenas consigo ser “mim” mesmo quando a amo, quando estou sendo amado por ela...
Lucas da Silva e Silva.
A DESPEDIDA DO AMOR (Martha Medeiros)
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo
3 comentários:
que lindo Luca =)
amei esse post.
bjos!
A pior parte é se acostumar a viver sem a pessoa... Fato.
Beijos Lucas
Suas palavras sempre tão entendoras de nossos sentimentos...
Beijo lindo!
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