Nosso primeiro amor, muitas vezes na verdade não é nosso amor, não é um amor do qual estamos habituados e por isso nossa memória descarta todos os outros tipos de amor e neste pacote que vai para o lixo está o que sentimos com o nosso primeiro amor. Como explicar nosso primeiro amor com a cabeça de um adulto? Como explicar que mesmo sendo naquele tempo varetas ou bolinhas podíamos nos apaixonar? Sim, varetas magrelas ou bolinhas gordinhas, nada mais, não tínhamos este corpo que foi feito para atração, tínhamos um corpo para subir em arvores, escalar sofás, brincar de pique esconde... tínhamos uma alma, tínhamos vidas, tínhamos um corpo livre dos desejos dos adultos, mas, mesmo assim, de repente nasce um querer de ficar até mais tarde na calçada da casa dela, um querer de se mostrar mais forte do que os caras da rua de trás, um querer que a gente não sabe o que quer, beijar? Não... naquela época beijar dava nojo, pegar babinha da boca de outra pessoa você só pode estar de brincadeira... os amigos riam, nem todos se apaixonam ao mesmo tempo, alguns só se apaixonavam pelas garotas da capa da Playboy, era paixão? Ficávamos bobos, pensávamos em voltar o mais cedo possível da aula para ficar com ela, decorávamos Vinícius de Moraes do qual nunca tivermos coragem de recitar, tentávamos parecer bonitos e morríamos de inveja dos caras mais velhos, pois, até hoje não descobri o motivo mas, as garotas suspiram sempre pelos caras do ultimo ano e esquecem de nós, os caras que estão sentadinhos ao seu lado o ano todo, as pentelhamos para chamar a atenção, elas acham que é chatice, mas, estamos descobrindo a paixão, queremos fazer parte do universo delas... sim, é paixão...
Nosso primeiro amor, que hoje não é amor, não pedia nada, pedia, mas, não sabia o que pedir além de um espaço, um ombro amigo, um abraço e alguém com quem brincar de tarde... nosso primeiro amor, que hoje parece não ser amor apenas uma bobagem de criança, talvez seja nosso único e verdadeiro amor.
Lucas da Silva e Silva.
... até que o primeiro beijo aconteceu
E eu descobri que aquilo ali era amor...
9 comentários:
Olá Lucas, estou apaixonada pelo seu blog. Adorei a forma como você explicou esse amor da infância que insistimos em arrastar pelo resto das nossas vidas. Continuarei acompanhando! Quando puder viage pelo meu blog. Um abraço.
amei o jeito que tu descreveu a primeiro amor...na minha opinião esses...são mais verdadeiros por serem inocentes
oiiiiiiiii, volteiiii!
ferias!
huahuhuauhauh
sobre o texto: o primeiro é sempre inesquecível, não tem jeito. é a primeira vez de várias coisas e sendo tão verdadeiro fica guardado pra sempre na memória.
Legal, engraçada e diferente a descrição e eu adoreii! Hehehe
Bejos
O primeiro amor marca, a inocencia das crianças talvez seja a unica forma de amar apenas uma alma...
Suas palavras me fascinam.
:*
Hahahaha... Que bonitinho...
"Pegar babinha da boca de outra pessoa..." que fofo... =)
Oi Lucas, você me levou ao primeiro amor, pensando melhor não era amor, foi o desejo de aprender me entregar a ele.
Grande abraço, em divina amizade.
Sonia Guzzi
Hum..nossa lendo essa postagem, eu lembrei do meu primeiro amor...xiii...foi bom viu.
abraços
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