"...Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir..."

Os seios Mais Bonitos que já vi.
Os gostos, as texturas, os tamanhos e até as cores, é exatamente o que ainda não vimos que mais desejamos ver, talvez pelo o que nos falam, talvez pelo o que não nos falam, talvez seja por aquilo que é ou talvez pelo o que imaginamos ser, mas, em todos os talvez um é certo: o desejo de possuir, ter, ver, morder, chupar e até mesmo sem saber se será bom ou não.
Como pode uma hipótese gerar tamanha fascínio? Como podem as mulheres abrir mão deste poder? Há a resistência, há aquelas que se resguardam, sabem se usar, há aquelas que ainda não largaram mão de serem uma incógnita, pois, sabem o que tem.
Mas, entre as que ainda sabem seduzir e aquelas que são seduzidas obviamente eu ia de encontrar uma diferente, não foi por querer, na verdade eu nem imaginaria que este tipo de mulher existia e que carregasse algo tão bonito: aqueles seios.
Não demorou muito para eu vê-los, e antes que a chamem de fácil, eu a amaria e vocês sabem que tipo de mulher eu gosto... sua história ou a história dos seios mais bonitos que já vi resumidamente é esta: provavelmente pela sua idade ela nasceu muitos anos antes que eu sonhasse em nascer e naquela época as mulheres sabiam ainda seduzir ou se guardavam por educação e respeito então concluo que ela foi uma moça normal: sem ter saído com vários e seduzindo todos com vinte e poucos anos se casou com o primeiro homem a tocar naqueles seios... foi mãe, viveu, conheceu vários prazeres ao ser tocada naqueles seios e talvez o mais prazeroso foi amamentar seus filhos... até que descobriu um nódulo em seus seios, parecia coisa a toa e coisa a toa deixamos para lá, meses depois descobriu era câncer de mama... a revolta e o medo de morrer abalaram o coração por de trás daqueles seios...
Me pergunto hoje em dia o qual será o maior medo de uma mulher: morrer ou perder os seios tão cultuados em nossa sociedade...
Depois da revolta a vontade de se matar, afinal, qual o sentido de tudo isso? Depois da vontade tola de se matar descobriu-se guerreira e buscou tratamentos, todos que sua grana podia comprar...
Mas, nem tudo é possível, e mais uma vez seu coração partiu-se: era iria perder um dos seios.
Sentiu-se a ultima mulher do mundo, a mais feia, alias já não seria uma mulher, nem todas as mulheres aparentam ter bunda, nem todas tem o rosto feminino, algumas tem gogó... mas seios todas tem, vemos de longe, desejamos a quilômetros; um homem quando quer ser mulher a primeira coisa que ele pensa em colocar são seios.
Os tirou, enfrentar a morte seria pior do que viver sem seios... Meses de depressão, não se reconhecendo, as roupas ficaram estranhas sem preenchimento, aquele seio era ela!
No meio deste vendaval ela viu um marido ao lado da sua cama roncando como sempre foi e quando acorda lhe dá um beijinho e vai trabalhar, viu seus filhos tendo filhos, viu as flores crescendo, ela estava viva!
Precisava se levantar em todos os sentidos, tinha uma história linda de vida... ela viveu! E ainda não tinha acabado... comprou perucas afinal estava careca definitivamente. Comprou enchimentos para os seios, queria aparentar que os dois eram maiores... estava de volta... aparentemente era a mesma, mas, ela não tinha um seio... quem a olhasse não iria saber, mas, ela sabia.
Mesmo com essa dor ela estava de pé... é como uma criança aprendendo a andar seus novos passos.
Não precisava de seios... ela era uma mulher na alma, viveu a vida de uma mulher, foi mãe, esposa, sonhadora, noveleira, criança, menina, moça, mulher, deu prazer e recebeu prazer, foi amiga, amante, esposa, puta a cama e dama na sociedade, foi tudo, tudo o que uma mulher poderia ser.
Mostrou seu único seio e a parte sem seio, mostrou seus antes e depois... mostrou que era uma mulher.
Lucas da Silva e Silva.