Um dia ela se encantou por uma comunidade do orkut que dizia assim: “Queria morrer hoje para ver quem choraria por mim.”... pensou nesta frase o dia todo enquanto seu celular não tocava, enquanto sua caixa de e-mails continuava vazia, enquanto ninguém batia à sua porta, enquanto seu celular não a chamava... não poderia morrer embora não ser lembrado por ninguém é quase uma morte para alguns... resolveu viajar sem contar nada a ninguém, sem deixar vestígios... mudou de nome, de nacionalidade, de país... anos depois retornou à cidade que abandonara, queria saber sobre sua falta... ela não tinha mudado nada, era o mesmo rosto, a mesma voz e o mesmo desespero para ter um valor... ninguém se lembrou dela...
O erro dela? Foi não ter fuçado mais no orkut... talvez teria visto esta comunidade: “O que os olhos não vêem o coração não sente.”
Ela nunca se expôs, nunca falou sobre seus desejos, nunca foi uma pessoa para ninguém, pois, se escondia, achava-se uma Rapunzel cujo um dia um príncipe iria a salvar da torre que ela mesma se enclausurou... ficou lamentando sua vida toda em seu quarto, enquanto a vida de verdade acontecia lá fora, enquanto as recordações boas e ruim ocorriam ao seu redor sem nenhuma interação dela...
Lucas da Silva e Silva.
Talvez não precisamos ser nenhuma Natasha, mas, precisamos ser alguém.
PS: não era isso que eu queria escrever rsrs mas saiu isso.
2 comentários:
Gostei do texto! ^^
E confesso que tenho apenas um projeto de uma vida social, mas não sou lá uma isolada. Mesmo tendo sido a Rapunzel na minha última apresentação teatral (ignore esse comentário. kkk), minha torre não chega a ser tão alta...
Mas é triste uma situação como essa. Para ser notado, tem que se fazer notável.
Ninguém sabe o que o calado quer, rsrsrs
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