"...Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir..."

Nunca fumei, embora seja um fumante passivo, há certas coisas que você deve aceitar com passividade e o cheiro do cigarro não é uma delas, mas, embora eu relute, aconselhe e até condene a fumaça; uma vez que a fumaça é solta pelas narinas ou pela boca chega aonde o vento quer e como os ventos do destino às vezes sopra ao meu favor sem querer trás consigo fumaças, atos, desamores e até descrenças que essa gente falante e fumante solta aos quatro cantos do mundo. O tempo todo sou afetado por tudo e por todos, algumas coisas a gente desvia, usa o jogo de cintura, outras chegam rápido demais e pronto, borra com o cinza da cor da fumaça do cigarro nossa vida colorida.

Mas, há de se aceitar o fato de que quem quer pintar um quadro realmente colorido deve saber lidar com o cinza, o preto e tantas coisas que os artistas insignificantes fogem. A vida em si creio que é uma arte, você deve aprender lidar com as cores disponíveis no momento, ligar com os borrões que os artistas fanfarrões causam na sua pintura quando passam pela sua vida e principalmente aceitar seus próprios borrões, pois, são deles que nascem as verdadeiras obras de arte.

Lucas da Silva e Silva.

P.S.: Quando pequeno fiz aulas de desenhos, me cansei, rsrs apesar de ter ganho prêmios e tudo mais, mas, eu desenhava retratos e paisagens... odeio arte abstrata, não entendo seu valor e nem quero entender, para mim perfeição é como eu desenhava, mas, no fundo foi isso que me fez parar, eu desenhava coisas perfeitas, imutáveis, não havia interpretações, um cavalo perfeito é um cavalo e ponto final. Mas, na arte abstrata com seus borrões e desenhos sem lógica você dá a liberdade de cada pessoa que olha aquele quadro interpretá-lo à sua maneira.

A vida é um quadro abstrato, quando estiver confusa olhe-a de ângulos diferentes, um dragão pode ser uma simples panela.

Lucas da Silva e Silva.