"...Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir..."

É isso, você procura a vida toda encontrar um grande amor, mas, para encontrar um grande amor tem que sair, tem que se expor, tem que ser receptivo e às vezes ousar apostar em pessoas desconhecidas, mas, que tem um brilho que só você enxerga e por isso acredita ser seu grande amor. As meninas, as sérias, reclamam que os meninos de hoje em dia não têm papo, já os meninos, os sérios, dizem que as meninas andam muito assanhadas, mas, entre tantos defeitos ambos rendem-se nos finais de baladas, na saída das escolas, na fila do cinema, no sótão de uma casa mal assombrada e se beijam, ou melhor, ficam. E a gente fica aqui, fica ali, fica com esse, fica com aquele, (ops, eu fico com essa e com aquela) e muitos no final de várias noites mesmo ficando com muitos ficam sem ninguém, mas, como o amor, esse danadinho, não segue regras algumas pessoas que ficam ali e ficam aqui ou não ficam com ninguém acabam encontrando uma grande paixão que parece ser recíproca, reacendendo a chama, ou melhor, reacendendo o desejo de ser amado. E então ouvimos aquilo que tanto desejamos: "Eu te amo!". Seria um final feliz esse, pois, é eu também achava, mas, beijos e "te amo" depois de um tempo se tornam tão ralos, tão sem sal e sem açúcar, mas, não tiro o prazer de ouvir um "Eu te amo!" no canto do ouvido seguido de um beijo, mas, enfim, passamos a vida ouvindo "te amos" verdadeiros, mas, que se tornam sem sal e sem açúcar com o tempo, ouvimos também "te amos" falsos, enfim, você "amadurece" e pensa que eu te amo é pouco, e pensa que viver do lado de alguém trocando beijinhos e vivemos momentos digamos bonitinhos juntos é pouco e se torna uma dessas pessoas legais, independentes e que não necessitam de amor nenhum para ser feliz, pois, aquele amor que você sonhava e conheceu foi pouco, e de pouco já chega nosso salário... Mas, essa vida bacana e construída sozinha com o tempo se torna "pouco" e num momento de deslize e infiel à sua vida bacana e segura que você solta a famosa frase: "Oh vidinha de merd...". E assim os dias passam e você vivendo sua vidinha invejável de merd... até que num desses momentos que a gente se expõe sem querer surge aquela pessoa que você conheceu anos atrás, ou dias atrás, que foi zelador do seu prédio, ou seu namorado, ou seu colega de emprego ou simplesmente te conheceu numa festa de um amigo e te pergunta olhando nos seus olhos: "Como vai sua vida?". Não é um grande papo, não é um te amo, não é quatro horas de sexo selvagem no motel mais caro de Nova York, mas, te surpreende, te trás de volta a vida, te excita, te faz lembrar que você vive uma vida, te faz ter orgulho dessa vidinha de merd... Não é apenas uma frase de quatro letras, não é tão simples eu descrever, mas, você finalmente compreende o que é o "Eu te amo!" mesmo não sendo dito por um grande amor da sua vida. Pela primeira vez alguém presta atenção na sua vida, quer lhe ouvir, quer faz parte dela ao menos aqueles segundinhos em que você diz: "Vai bem!", mas, você anda tão só, tão carente de pessoas que tenham ouvido que você sem perceber como num orgasmo incontrolável solta toda a sua vida em cima daqueles ouvidos conta tudo, timtim por timtim... E se essa pessoa presta atenção nesses timtims por timtims, agüenta firme todo esse orgasmo existencial, preste atenção que ela pode ser o grande amor da sua vida, a única pessoa de realizar seu sonho que é encontrar uma pessoa que dê sentido à frase: "Te Amo coisa chata!"
Lucas da Silva e Silva


P.S.: Não são seios ou peitoral que nos faz nos apaixonarmos por alguém mas, sim a sua história e principalmente a história que viveremos ao lado dela. Não tenha vergonha do seu corpo, classe social, cor, religião, cabelo, opção sexual, correntinha de prata no pescoço, time que torce, mas, de preferência torça pro Santos... tenha vergonha de não viver à sua maneira.
Mas e aí? Como vai sua vida? rsrs posso ser seu amor e você o meu kkk... zueira...